domingo, 25 de janeiro de 2015

Preparativos: Emprego, Seguro Viagem e Muita Ansiedade...

27 dias...



Emprego.

Essa será minha última semana no trabalho, minha saída foi oficializada no começo do mês e cumpro aviso prévio até sexta (30/01).
Confesso que esperava uma saída um pouco mais difícil, mas tentei conduzir o processo de maneira menos traumática possível e acho que fui bem sucedido.

No último dia 15, completei exatos oito anos de empresa. Confesso que sinto um pouco de tristeza em deixar um lugar em que amadureci profissionalmente e onde consegui conquistar o meu espaço profissional.

Minha gratidão a empresa, e as pessoas que formam a organização, é imensa. Foram oito anos incríveis.


Seguro Viagem.

Desde sempre, soube que para encarar uma viagem como essa deveria contratar um seguro viagem compatível.
Após muita pesquisa, optei pelo World Nomads. Recomendado pela Lonely Planet e pela maioria dos blogs de viagem que conheço.
A contratação é toda feita online e de forma muito simples.

O período da apólice, indica o período do mochilão: 
21 de fevereiro de 2015 - 21 de dezembro de 2015


Ansiedade.

Apesar de estar na fase final de preparação, ainda não me acostumei com a ideia de partir.
Todo momento que vivo em família, é um aperto no coração.
Acredito que nenhum perrengue que irei encarar na viagem será tão duro do que conviver com a saudade da família.
Mas saber que todos estão torcendo, apoiando e desejando o melhor é sem dúvida uma força extra.

Além disso, tenho tentado me preparar para encarar o desconhecido, a solidão e os desafios que com certeza irei enfrentar durante a viagem. Mas parece que quanto mais preparo, mais despreparado eu fico. 
Lembra, um pouco, as provas de Mecânica dos Fluídos na faculdade, sempre tinha a sensação de quanto mais estudava - menos eu sabia. A vantagem é que no final sempre dava tudo certo! :-D


domingo, 4 de janeiro de 2015

Preparativos: Passagem, Mochila, Câmera, Vacinas...


Hoje, faltam exatos 48 dias para minha partida.



Passagem emitida. 

Dia 21/02/2015, sábado pós-carnaval, no período da tarde saio de Curitiba com destino a Guarulhos. E será na madrugada do dia 22/02/2015, que em um voo da Emirates sentido Dubai que embarcarei no início da expedição.
As pesquisas de preços das passagens, me levaram a um voo Guarulhos - Auckland operado pela Emirates e com escala em Dubai. Ao decidir pela compra da passagem, notei que incrementando minha escala em Dubai em algumas horas, não aumentaria o valor. Foi quando a primeira alteração de destino aconteceu.
Primeira parada: Dubai --> Chegada em 22/02/2015 / Saída em 25/02/2015
Segunda parada: Auckland --> Chegada em 26/02/2015

Dubai não estava nos planos originais, mas não poderia perder a oportunidade de passar alguns dias nessa cidade - principalmente com a condição de custo zero na passagem aérea.

Na Nova Zelândia serão aproximadamente 30 dias, irei percorrer o país através de um ônibus que funciona como excursão - Kiwi Experience.
Esse percurso é unanimidade em recomendações por viajantes, blogueiros e guias de viagem. Sendo considerado a melhor forma de conhecer a Nova Zelândia para mochileiros solitários.

A próxima, e última passagem a ser emitida antes da minha saída, será Auckland - Bangkok (Tailândia). Estou aguardando mais alguns dias para ver se alguma promoção aparece.

Mochila.

Aproveitei uma oferta da Black Friday, e consegui um desconto incrível de 30% na mochila Deuter Aircontact 70+15.
A decisão pela mochila ideal, foi fruto de um processo de pesquisa moroso e profundo. Consultei diversos fóruns, blogs e reviews. Fiquei entre a Deuter Aircontact e Deuter Quantum. Após provar as duas, notei que havia uma diferença de conforto significativa entre elas, que segundo o vendedor foi maximizado pela minha estatura modesta. Decidi então pela Aircontact baseado nesse critério e no desconto de 30%.
Fiz a compra na loja Território, no shopping Palladium em Curitiba. O atendimento da loja foi incrível, e encontrei o melhor preço inclusive comparando com os preços de lojas online.


Adicionamento adicionei uma maleta de transporte (Deuter Transport Cover) que protege a mochila na hora de despachá-la no avião, ônibus, trem...
Em diversos fóruns e blogs, esse item é considerado essencial, considerando que a mochila será minha casa por 300 dias, achei melhor não arriscar e incluir esse item.

Câmera.

Essa foi presente. Meus pais acompanharam minha busca intensa por informações sobre que tipo de câmera iria levar, e resolveram me dar a belezinha de presente.
Pesquisa que estava realizando com a ajuda de meu afilhado - Cesar, inclusive o responsável pela logo desse blog.

A câmera principal que irei levar será uma GoPro Hero 03 - Black Edition. Assim que soube do presente, corri no site AliExpress, e comprei alguns acessórios que espero que cheguem antes do embarque: baterias reservas, pau de selfie, bastão flutuante e carregador reserva.

Ainda penso em comprar uma câmera compacta simples que faça boas fotos noturnas. No entanto, com custo baixo. Cenas dos próximos capítulos.

Vacinas.

Como parte dos preparativos fiz um check-up médico completo e consultei um especialista em vacinação para evitar perrengues durante a viagem.
Os resultados dos exames foram bons. E as vacinas recomendadas foram:


  • Febre Amarela;
  • Febre Tifóide;
  • Meningite Meningocócica;
  • Gripe
  • Tétano.
Já tomei a da Meningite e da Febre Tifóide. Febre Amarela farei essa semana, a da gripe nas proximidades da viagem. A vacinação contra o tétano foi dispensada, visto que tomei o reforço a pouco mais de um ano.

quarta-feira, 26 de novembro de 2014

Definindo o Roteiro

Cheguei a conclusão que definir o roteiro é ao mesmo tempo a parte mais legal e a mais frustrante do planejamento.

A razão de ser legal é meio óbvia, quando se intensifica as pesquisas nessa direção é possível descobrir que existem lugares incríveis, que nunca havia imaginado. A "descoberta" de Luang Prabang é um exemplo claro disso.
Por outro lado, a parte frustrante é quando se descobre que lugares incríveis tem que ser deixados de lado por problemas logísticos ou limitação de tempo e dinheiro.
A primeira vez, pensei que seis meses seria excelente. Hoje acho que precisaria de no mínimo uns três anos para fazer tudo que quero. No fim fechei em 10 meses! :-)
Passagens RTW
A primeira tentativa de montagem de roteiro foi feita com base nas passagens volta ao mundo. Consultei sites das alianças internacionais (Oneworld, Skyteam e StarAlliance) e realizei diversas simulações dentro das regras e alcance de cada empresa.
E seguindo essa linha, as primeiras ideias de roteiro começaram a ser esboçadas.

Acabei desistindo dessa modalidade de passagem porque deixaria o roteiro muito engessado. Isso porque para comprar esse tipo de ticket é necessário montar um roteiro antes da partida.
Planejando o roteiro
A partir do momento que desisti da passagem  devolta ao mundo, para manter o equilíbrio físico/econômico da expedição, tive que realizar um ajuste nos meios de transportes. Basicamente, reduzir drasticamente o número de vôos e aumentar os trajetos de trens e ônibus.

Feito isso, foi abrir o mapa, juntar alguns pontos e mesclar com uma agenda definida com base nas condições climáticas de cada país.
A prioridade foi evitar o período das monções asiáticas e encarar o inverno apenas no fim da expedição.

Além da constante avaliação financeira. Afinal quanto maior o custo, menor o tempo de viagem - e minha ideia era justamente o contrário:
Reduzo o custo e viajo mais! :-)
Enfim...
Tinha 10 meses para viajar e um orçamento limitado. Algumas horas em claro, semanas se passaram. E um roteiro surgiu.
Brasil - Nova Zelândia - Tailândia - Laos - Vietnã - Camboja - Malásia - Singapura - Hong Kong - Índia - Jordânia - Israel - Egito - Turquia - Rússia - Bulgária - República Tcheca - Grécia - Itália - Áustria - Alemanha - Espanha - Inglaterra - Brasil

Apesar dos diversos pontos na Europa, a tendência é chegar lá apenas nos últimos três meses.
Concentrarei uma grande parte do tempo na Ásia, por dois motivos simples: riqueza cultural e custo!


Esse roteiro representa apenas uma base, desisti da RTW justamente por ter a flexibilidade de ir mudando com o caminho.
E em cima desse roteiro, tenho estudado um pouco sobre a história recente e cultura de cada país... A intenção é chegar entendendo, pelo menos um pouco da cultura local, tendo assim, condições de vivenciá-la de forma mais intensa.

O mais legal de tudo é que deu um baita trabalhão montar o roteiro e sei que ao longo da viagem terei liberdade para decidir mudar a hora que quiser.

terça-feira, 25 de novembro de 2014

Prólogo - O início de tudo

Olá. Meu nome é Weligtonn, tenho 26 anos, sou formado em engenharia civil e atualmente estou no meio de um curso de mestrado.
Pois bem...

Nessa plataforma pretendo relatar sobre a maior e mais desafiadora experiência de minha vida até hoje. A ideia é escrever em forma de carta aberta, ou seja, do jeito que me der vontade.

Foi em setembro/2014 que tomei a decisão de sair viajando com uma mochila nas costas.
Mas a ideia não era tirar férias e passar 30 dias em algum lugar exótico ou turístico, a ideia era viajar sem o compromisso do retorno imediado, sem ter que enfrentar dia-a-dia a rotina se aproximando.

Não sei explicar como tomei a decisão. Foi simples e rápido. Uma pesquisa aleatória no google me levou até o blog o mochilão, onde despretensiosamente, comecei a ler os relatos de um garoto que passou 150 dias viajando pelo mundo. Uma ideia interessantíssima. E da mesma forma despretensiosa que comecei a ler o diário dele, comecei a pesquisar se uma aventura dessa era financeiramente viável.

Foi onde a primeira grata surpresa surgiu. Era perfeitamente viável. Na minha cabeça a decisão estava a ponto de bala.

Mas nada é tão simples assim, e por isso fiquei uma semana toda dormindo tarde, lendo lendo e pesquisando a respeito do assunto. Focando 99% do tempo em cálculos financeiros - tentando provar da maneira mais imparcial possível que o meu desejo era possível.

E consegui. Montando diversas planilhas colhendo informações de guias de viagens, blogs, fóruns, etc.

Passada essa etapa, um novo desafio era a conversa com meus pais. Não conseguia imaginar qual seria a reação deles. E a única coisa que poderia me fazer mudar de ideia era uma reprovação completa por parte deles.

A reação foi interessante. Talvez nunca irei conseguir explicar. Foi um silêncio seguido por minha mãe falando "Vai ser difícil para nós, mas se eu fosse você, com a sua idade, faria exatamente a mesma coisa".
E meu pai dizendo, "se é isso que você quer, tem que ir sim".

Era tudo que eu precisava. A decisão estava tomada. Só precisava colocar tudo no papel, traçar metas, definir roteiros, estudar...

A viagem não terá um perfil puramente turístico, será um misto entre conhecimento cultural e desenvolvimento pessoal. E para isso se tornar realidade uma demanda de estudo surgiu: cultura, religião, história...

Inspiração

Até hoje, tive duas experiências de viagens internacionais. A primeira, foi em 2012 quando fui aos Estados Unidos, naquela ocasião estava engatado em um namoro e a companhia foi à dita cuja. A viagem foi interessante, principalmente no fato de estar fora do país pela primeira vez. Mas pela a maneira que a viagem foi concebida a experiência sociocultural foi próxima à zero. 
A segunda experiência foi um mochilão de 25 dias pela Europa que fiz com um grande amigo, tivemos a oportunidade de conhecer pessoas de vários lugares do mundo, enfrentar situações inusitadas, outras engraçadas. E descobri que dormir em um quarto com 12 pessoas desconhecidas pode tornar a viagem muito mais dinâmica, e que o ambiente de albergue proporciona um intercâmbio cultural que nenhum hotel no mundo é capaz de proporcionar. Adiciona-se a tudo isso o fato que uma viagem com conceito econômico (budget-travel) é, sem dúvida, muito mais interessante.
Foi durante essa última viagem que a dose de inspiração que faltava para sair pelo mundo apareceu.
Obviamente que alimentei a inspiração com alguns complementos...

Blogs:

Filmes

  • A Map for Saturday - Trailer
  • Na natureza selvagem (Into the wild) - Trailer
TED talks

  • Robin Esrock


  • Rick Steves